A Guerra na Ucrânia — O massacre de Izyum explicado. Por South Front

Seleção e tradução de Francisco Tavares

8 m de leitura

O massacre de Izyum explicado

Por em 18 de Setembro de 2022 (original aqui)

 

 

O resultado previsível da retirada das tropas russas do território da região de Kharkiv foi outro ataque informativo lançado pelo regime de Kiev. Na sequência do cenário representado em Bucha, os militares ucranianos descobriram valas comuns de “vítimas da ocupação russa” na cidade de Izyum.

 

Noutra tentativa de culpar os militares russos de nazismo, os media ucranianos relataram a 15 de Setembro: “As terríveis filmagens são as sepulturas das vítimas da ocupação de Rashist nos arredores de Izyum. Quase não há nomes nas placas em lado nenhum. Aparentemente, os corpos estão aqui enterrados debaixo dos escombros das casas bombardeadas, que ainda não foram identificados”. Os relatórios não mencionavam que a cidade tem sido fortemente bombardeada pela artilharia ucraniana durante cerca de cinco meses.

Logo no dia seguinte, começou a exumação de cadáveres pelas autoridades ucranianas. Cerca de 400 corpos foram alegadamente encontrados nos locais de sepultamento em massa. Evidentemente, os cadáveres de civis e crianças com sinais de tortura foram alegadamente descobertos.

O chefe da administração ucraniana de Kharkiv, apoiou as reivindicações: “há vários corpos com as mãos atadas atrás das costas, e uma pessoa está enterrada com uma corda à volta do pescoço. Obviamente, estas pessoas foram torturadas e executadas. Há também crianças entre aqueles que foram enterrados”.

 

O massacre de Izyum foi encenado apenas um dia após a chefe da UE, Ursula von der Leyen, ter visitado a Ucrânia e ter dito numa entrevista que queria ver o Presidente russo Vladimir Putin enfrentar o Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o seu país está em conversações com as nações do G-7 para criar um tribunal de crimes de guerra que investigaria e puniria a Rússia e os seus altos funcionários e líderes militares por “crimes de guerra”.

Naturalmente, a iniciativa das autoridades ucranianas foi activamente apoiada pelo Ocidente. Por exemplo, Josep Borrell disse que “a liderança da Rússia e todos os envolvidos neste processo serão responsabilizados”. A UE apoia todos os esforços nesta direcção”. Barrel já yinha chamado antes à Rússia um “Estado fascista”.

As Nações Unidas disseram que tinham enviado uma equipa forense de investigadores para examinar o que a Ucrânia alegou ser uma “vala comum” deixada na sequência da retirada das forças russas da cidade de Izyum.

 

Dezenas de correspondentes ocidentais já foram trazidos para Izyum. No entanto, nem todos eles apoiaram a narrativa de Kiev. Por exemplo, os jornalistas britânicos admitiram que a cena parece ser uma encenação. Segundo os jornalistas do The Daily Telegraph que estavam a trabalhar no local, confirmaram que não existiam indícios de repressão contra civis na cidade. Os residentes locais confirmaram aos jornalistas britânicos que os soldados russos não torturaram civis.

Alguns meios de comunicação ucranianos afirmam que só há civis enterrados, mas as fotografias amplamente partilhadas pelo regime de Kiev apenas mostram os corpos de homens com uniformes militares.

 

Zelensky tentou fazer passar como repressão os corpos dos seus próprios combatentes mortos, que foram utilizados como carne de canhão pelo comando militar ucraniano ao longo de toda a linha da frente e que depois foram enterrados em sepulturas comuns. Aqui e aqui

Centenas de militares ucranianos mortos no campo de batalha foram abandonados pelos seus camaradas e os militares russos enterraram os seus cadáveres em valas comuns. Ao mesmo tempo, o lado ucraniano recusou-se a levar os cadáveres. Como não existem cadáveres para identificar, os militares ucranianos podem facilmente esconder as perdas reais e Kiev não deve pagar dinheiro às famílias dos mortos. Aqui

Hoje, o regime de Kiev tenta transformar o humanismo russo em genocídio.

Foto do cemitério de Izyum. A inscrição na cruz diz em russo: “AFU, 17 pessoas, Izyum, desde Março”.

 

“187 AFUs [Forças Armadas ucranianas] não identificados”

 

A imagem apelativa dos ossos da mão com fitas amarelas-azuladas é agora amplamente divulgada por responsáveis ucranianos. Que coincidência que a imagem mostrando as mesmas fitas tenha sido divulgada pelos meios de comunicação ucranianos como outro símbolo de resistência muito antes da escavação em Izyum.

 

O chefe da República Popular de Luhansk comentou a campanha ucraniana, afirmando que Kiev precisa da provocação dos media em Izyum apenas para criar outra imagem nos media ocidentais, não haverá investigação, e as vítimas em breve serão esquecidas. De acordo com ele, seguindo o exemplo de Bucha, espera-se que Kiev lance novas provocações em Kupyansk e outros povoados. As autoridades ucranianas não precisaram sequer de uma conclusão preliminar sobre as causas das mortes de pessoas para acusar a Rússia de assassinato em massa.

“Mas para a “fotografia” nos meios de comunicação ocidentais, isto [conclusão preliminar] não é necessário, são necessárias apenas vítimas, e a Ucrânia nomeará quem são os assassinos e devemos acreditar no que dizem. E então acontecerá o mesmo que na Primavera em Bucha: dentro de poucos dias, ninguém se lembrará destas vítimas nos canais de televisão ocidentais e ucranianos, e ninguém conduzirá sequer qualquer investigação. Este é o objectivo do regime de Kiev”, concluiu o chefe do LPR.

Antes do início das operações militares russas na Ucrânia, 45 mil pessoas viviam na cidade. Podiam ser evacuadas numa semana, mas as autoridades ucranianas não tomaram as medidas necessárias. As autoridades ucranianas tinham pelo menos três semanas para evacuar civis antes das hostilidades se aproximarem da região. Em três semanas, apenas 10 mil residentes foram evacuados por autocarros, outros 10 mil deixaram Izyum pelos seus próprios meios. Civis foram utilizados como escudos humanos para os militares ucranianos.

Até 1 de Abril, a cidade esteve sob o controlo das autoridades ucranianas. O regime ucraniano é bem conhecido pelas suas repressões contra a população civil pró-russa. As pessoas eram torturadas e mortas por qualquer suspeita de apoiar os militares russos ou simplesmente de simpatizar com a Rússia. É por isso que hoje em dia os militares ucranianos podem facilmente encontrar cadáveres com as mãos atadas e com vestígios de tortura.

 

3 Comments

  1. A verdade é que não só Zelensky é culpado deste genocidio ,toda a europa e a america são coniventes com este massacre que está a ser praticado na Ucrania. Para Zelensky o povo é um mero peão no tabuleiro da guerra.

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